Exercícios intensos prejudicam saúde do coração? Especialistas discordam

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Uma pesquisa publicada este mês na revista “Health Day” por pesquisadores da Pensilvânia, Estados Unidos, causou polêmica no meio científico e gerou uma discussão entre vários especialistas. Segundo a pesquisa, correr demais pode levar à morte prematura.

Os resultados da pesquisa sugerem que as pessoas que vivem mais são as que fazem exercício moderadamente, e que correr muito ou nada seria capaz de encurtar a expectativa de vida. Uma das sugestões que o estudo apresenta é a de que a prática de atividades mais intensas poderia trazer prejuízo à saúde do coração.

Na realidade, este estudo contradiz um verdadeiro consenso baseado em diversas evidências científicas, segundo as quais a prática da corrida e a participação em provas longas não causam nenhum prejuízo à saúde, pelo contrário, até aumentam a expectativa de vida.

Um dos especialistas que comentou a publicação foi o cardiologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Dr. Claudio Gil Araujo, que, assim como vários outros profissionais, discorda do resultado da pesquisa. Ele acredita que o estudo é carente em fundamentação por não avaliar adequadamente os indicadores de sobrevida.

O estudo também se contrapõe a pesquisas recentes como a apresentada na Sessão Científica Anual da Sociedade Americana de Cardiologia no último mês de março, que concluiu que corridas de longa distância ajudam a proteger o coração.

Existe praticamente um consenso de que a hipótese de exercícios mais intensos prejudicarem o coração é absolutamente infundada. A natureza proporciona um fator de proteção ao coração na vulnerabilidade do aparelho locomotor. Quando um praticante de atividades físicas começa a exagerar na intensidade ou na duração do exercício, eventualmente ameaçando a saúde do coração, invariavelmente começa a aparecer algum problema do aparelho locomotor que acaba limitando a continuidade do exercício em excesso. É o caso das tendinites, problemas articulares, e outras tantas manifestações de sobrecarga.

Podemos dizer que o aparelho locomotor protege o coração por ter um limiar de vulnerabilidade que sinaliza em caso de excesso. Segundo o Dr. Claudio Gil, não existem na literatura evidências formais e conclusivas de que se pode danificar de forma definitiva o coração por praticar exercícios, mesmo que vigorosos e prolongados. O que a ciência de fato comprova é que ser sedentário encurta a expectativa de vida.

FONTE: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/biomecanica/27196-exercicios-intensos-prejudicam-saude-do-coracao-especialistas-discordam

 

Fascite plantar causa dor e rigidez na sola do pé dos corredores

sdaxz Também chamada de fasceíte, problema surge por conta de uma inflamação gerada pela tensão e sobrecarga da área por excesso de uso. Para quem pratica corrida de rua, os pés podem ser focos de lesões devido à natureza da atividade física. E um dos problemas mais comuns nessa parte do corpo é a fascite plantar. Ela é sentida através de uma fisgada na planta do pé, que aparece porque a área tem uma curvatura natural e precisa se acomodar ao solo. Ou seja, essa tensão acaba sobrecarregando suas estruturas. O excesso de uso pode gerar inflamação, dor e rigidez na região. O que é? A fascite plantar é uma inflamação do tecido denso na sola do pé, que ocorre pelo esforço excessivo da região. Esse tecido é denominado fáscia plantar, uma aponeurose (tecido que recobre a musculatura da planta do pé) que se estende do calcâneo, osso que forma o calcanhar, aos dedos. Ela ajuda a manter o arco longitudinal do pé. A corrida e caminhada aumentam a força exercida sobre o pé, ainda mais quando a sobrecarga ultrapassa a capacidade do pé de absorver o trauma, por isso a dor. A fraqueza dos músculos, para absorver esse impacto, influencia. Causas – Alterações na formação do arco dos pés. – Pisada errada. – Encurtamento do tendão de Aquiles e da musculatura posterior da perna. – Esforço excessivo da sola do pé. Como evitar? – Correr em terrenos macios. – Fortalecimento muscular. – Alongar sempre antes e depois de correr. – Perda de peso excessivo. – Palmilhas com acolchoamento do calcanhar para minimizar o estiramento da fáscia e reduzir a absorção do impacto. Tratamento Inicialmente, a forma de se tratar a lesão é sempre conservadora, sendo feita com antiinflamatórios e analgésicos. Também é importante fisioterapia com exercícios para alongamento da fáscia plantar e do tendão de Aquiles (tendão da perna posterior).   FONTE: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/biomecanica/27125-fascite-plantar-causa-dor-e-rigidez-na-sola-do-pe-dos-corredores

Fazer exercícios uma vez por semana faz bem à saúde? Especialista analisa

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Em abril, quando se comemora o Dia Mundial da Atividade Física e o Dia Mundial da Saúde, ressaltamos algumas recomendações para a população. Sem dúvida, o sedentarismo que atinge 80% da população deve ser fortemente combatido, porém com opções possíveis de serem seguidas por todos.

Desde para a criança como até o mais longevo, a atividade física deve ser estimulada. As pesquisas consistentes pelo mundo afora, seja de médicos como de outros profissionais da saúde, lideradas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mostram a redução das doenças crônicas degenerativas e até comportamentais nos indivíduos ativos.

Em relação a internações e faltas ao trabalho, os números mostram 35 a 40% de aumento desses itens nos sedentários. As despesas com saúde caem brutalmente onde a população é mais ativa, segundo estudo mundial dos fatores de risco conhecido como INTERHEART. A Sociedade Brasileira de Cardiologia, através de seu departamento de Exercício, Esporte e Reabilitação Cardiovascular (DERC), tem debatido profundamente a atividade física e o esporte nos Congressos de Cardiologia.

Mas e quem só se movimenta aos domingos?

Sabemos que qualquer decisão de se mexer é benéfica. Mas, se for só aos domingos e de modo intenso, o risco de complicações ortopédicas e cardíacas chega a aumentar 2,7 vezes, segundo pesquisa publicada no Journal of American Medical Association (JAMA). Se for apenas aos domingos, então só caminhe e não espere resultados espetaculares. O esforço é modesto, mas melhor do que ficar parado! O recomendado é, no mínimo, três vezes por semana, de 30 a 60 minutos diariamente, com velocidade em torno de 100 metros por minuto.

A avaliação médica para simples caminhadas não deve ser um obstáculo, mas não custa conhecer suas condições clinicas em uma consulta simples e um eletrocardiograma. Mais intensidade ou esportes, aí sim, inclua o teste ergométrico com um médico presente SEMPRE. Lembrando que intensidade e volume das atividades físicas não competitivas são semelhantes tanto para o gênero masculino quanto para o feminino.

 

FONTE: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/voce-ef/98-saude-bem-estar/27198-fazer-exercicios-uma-vez-por-semana-faz-bem-a-saude-especialista-analisa

Dor nas costas é a principal causa de incapacidade no mundo

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Lombalgias afetam 9,4% da população, segundo dados de 187 países. Problema responde por um terço dos casos de invalidez por trabalho.

As dores lombares são a principal causa de incapacidade no mundo e respondem por um terço dos casos de invalidez provocados pelo trabalho, revelam estudos.

Utilizando estatísticas provenientes de 187 países, pesquisadores americanos e australianos determinaram que a lombalgia afeta 9,4% da população mundial, incluindo crianças. Estes resultados situam os problemas lombares na primeira posição das patologias em relação aos anos de vida sofrendo uma incapacidade, destacam os autores dos estudos.

As regiões mais afetadas são Europa ocidental, norte da África e Oriente Médio, contra uma menor incidência na América Latina e no Caribe.

O problema aumenta com a idade, um fenômeno que seguramente provocará um forte incremento de pessoas com dores lombares em países menos desenvolvidos nas próximas décadas, adverte um dos estudos, publicado nos “Annals of the Rheumatic Diseases”, uma revista ligada ao grupo British Medical Journal (BMJ).

Outro estudo, realizado a partir das mesmas estatísticas, conclui que as lombalgias também estão na origem de um terço dos casos de invalidez provocada pelo trabalho.

Os agricultores e as pessoas com idades entre 35 e 65 anos formam o maior grupo de risco, na medida que transportam cargas mais pesadas, trabalham em posições “delicadas” ou estão expostos a vibrações.

Precisamente, os agricultores têm quatro vezes maior risco de sofrer problemas lombares que as pessoas que trabalham em outros setores.

As estatísticas utilizadas nos dois relatórios foram divulgadas na edição 2010 da Global Burden of Disease, um estudo apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar a mortalidade e a degradação da saúde como consequência das diversas doenças.