Fisiologista: musculação orientada não afeta o crescimento dos jovens

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‘A verdade é que nenhum programa de exercícios vai alterar a estatura
que é definida pela herança genética’, opina o fisiologista Turibio Barros

Por Turibio BarrosSão Paulo

Criança fazendo exercícios: nenhuma atividade
física altera o crescimento (Foto: Getty Images)

Dentre os vários mitos relacionados à prática de atividade física, a relação entre exercícios e crescimento é um dos que ainda carece de maior esclarecimento. Em primeiro lugar, existe a preocupação de que algumas modalidades de exercícios possam prejudicar o crescimento em jovens durante a fase de desenvolvimento. Este é um assunto muito polemizado e invariavelmente aborda a questão da prática damusculação. O paradigma que existe é que jovens em fase de crescimento não podem fazer musculação.

Esta questão é praticamente respondida com o raciocínio do bom senso. Certamente um jovem antes da puberdade, não tem ainda o aparelho locomotor amadurecido para fazer a musculação pesada visando hipertrofia. Não tem sequer a retaguarda hormonal para promover aumento expressivo da massa muscular.

exercício pesado de musculação poderia causar danos nas zonas de crescimento ósseo e até prejudicar o processo de desenvolvimento. Vale lembrar que é muito raro isso acontecer, pois para tanto seria preciso um exagero muito grande que certamente iria provocar um mecanismo de defesa na forma de um quadro doloroso que cercearia o processo. Exercícios com pesos aplicados de forma orientada e racional não são proibidos para jovens e não vão prejudicar o crescimento.

Por outro lado existe também o mito de que exercícios físicos podem acelerar o crescimento ou mesmo promover um ganho estatural para jovens com baixa estatura. A verdade é que nenhum programa de exercícios vai alterar a estatura definida pela herança genética. Os fatores que podem alterar o crescimento geralmente estão relacionados a problemas hormonais ou carências nutricionais. Exercícios não promovem ganho nem perda de centímetros de estatura, porém promovem saúde para um crescimento normal.

Nestes casos, a intervenção do especialista no momento adequado pode corrigir o problema e restaurar o curso normal do crescimento. Não existe interferência que a prática de um programa de exercícios durante a fase de desenvolvimento possa promover para fazer um jovem ganhar centímetros de estatura. Todas as histórias relatadas de casos de programas que determinados atletas tenham feito para crescer com exercícios programados não passam de leituras mal interpretadas.

 

FONTE: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/05/fisiologista-musculacao-orientada-nao-afeta-o-crescimento-dos-jovens.html

Atividade física faz bem ao corpo e ‘rejuvenesce’ a pele, diz pesquisa

Pesquisadores americanos e canadenses afirmam que fazer exercícios desacelera ou até mesmo reverte os sinais de envelhecimento precoce

Por Raquel CastanharoJundiaí, SP

atividade física faz bem para a saúde, para o humor, e agora descobriram que ela pode fazer bem até para a pele, mantendo-a jovem e até mesmo revertendo o processo de envelhecimento. Com o passar dos anos a camada mais superficial da pele, a epiderme, vai se tornando mais grossa e apresentando as conhecidas rugas, enquanto uma camada mais profunda, a derme, se torna mais fina e frágil.

Esse processo é natural e acontece com todos, porém pesquisadores americanos e canadenses viram que a atividade física desacelera ou até mesmo reverte sinais de envelhecimento precoce em camundongos ativos em comparação a ratos sedentários.

Mas essa descoberta não parou em roedores. A hipótese de que a atividade física “rejuvenesce” a pele foi testada em humanos e mostrou resultados animadores. Os pesquisadores fizeram uma biopsia da pele da região glútea de pessoas sedentárias e fisicamente ativas.

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Mulher sorrindo enquanto faz musculação: exercício físico “rejuvenesce a pele” (Foto: Getty Images)

Essa região do corpo foi escolhida por ser uma área raramente exposta ao sol. Eles descobriram que as pessoas ativas tinham a pele com características mais jovens. A pele parecia com a de pessoas com menos de 40 anos, mesmo tendo sido retiradas de voluntários com mais de 65 anos.

Essas diferenças poderiam ser atribuídas a outros fatores, que não a atividade física, como dieta alimentar e características genéticas. Então a pesquisa foi mais a fundo e recrutou idosos sedentários a participarem de um programa de treinamento por três meses, que era constituído por treino de trote ou bicicleta por 30 minutos, duas vezes por semana.

A biópsia da pele foi feita antes e depois do programa de treinamento. Após os três meses a pele dos idosos estava surpreendentemente com características mais jovens, e o único fator diferente em suas vidas foi a prática de atividade física. Os mecanismos exatos que beneficiam a pele ainda não estão esclarecidos.

A hipótese levantada é de que uma substância produzida pela contração muscular também estaria envolvida em alterações da pele. Não há evidências de que a atividade física faça sumir as rugas ou os danos causados pelo sol. Mas pensando a longo prazo, qualquer melhora a nível celular já é muito bem vinda.

 

FONTE:  http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/05/atividade-fisica-faz-bem-ao-corpo-e-rejuvenesce-pele-diz-pesquisa.html

Ninguém morre de véspera: o corpo dá sinais que não devemos ignorar

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Nabil Ghorayeb explica que mortes como José Wilker, Luciano do Valle e Jair Rodrigues estão relacionadas a problemas médicos, conhecidos ou não.

Parece apenas um simples título de um livro (nosso!), mas contém muitas verdades nas suas entrelinhas. Quem se cuida e se previne pode adiar e até evitar certos riscos para sua saúde, numa idade não muito avançada. Os tristes fatos recentes de famosos como José WilkerLuciano do Valle e Jair Rodriguesnos assustaram e trouxeram questões no seu bojo. Poderemos morrer de causas naturais estando aparentemente saudáveis? Como pessoas que tem tudo à disposição tiveram o que tiveram?

Muitas opiniões e palpites apareceram na mídia, de “terapeutas de qualquer coisa”, que discursaram e vociferaram bobagens atrás de bobagens. Enquanto isso, os médicos que vimos entrevistados foram comedidos e procuraram não espalhar o terrorismo científico, afinal era o que se esperava deles.

No nosso artigo anterior explicamos que a Sociedade Brasileira de Cardiologia decidiu acelerar ações construtivas para ajudar a população leiga a lidar com paradas cardíacas. Na verdade o que acontece é que nos eventos fatais, na sua imensa maioria, têm os chamados avisos do corpo não valorizados, porque são confundidos com problemas banais. Isso tem sido constatado em todo o mundo!

Como saber, então? O risco zero é impossível na natureza, então surgiram os famosos check-ups gerais que muitas vezes exageram nas medidas, como por exemplo, dosar o PSA (para averiguar a próstata) em homens na faixa dos 30 anos e assim por diante. Todo check-up deve ser direcionado pela idade, pelos hábitos de vida e finalidade, como por exemplo, o check-up para atividades físicas e esportivas.

Um esportista comum, na faixa dos 40 anos que costuma correr até 10km tem diferente abordagem daquele atleta, profissional ou não, mas que costuma correr ultamaratona clássica (100 km), o cuidado com esse último é pelo seudesgaste físico e metabólico devendo ser extremamente detalhado. Um idoso que caminha acelerado deve ser examinado em função da idade, das doenças que apresenta, das suas prováveis deficiências de audição, de visão, de equilíbrio, das artroses, artrites e etc.

O que aconteceu com os famosos não dependeu só do que estavam fazendo naquele momento fatal, mas, sim, do que tinham de problemas médicos, conhecidos ou não, de como levavam seus hábitos de vida, saudáveis ou não, e de como cuidavam dos seus eventuais problemas clínicos. Repito o título de um dos meus livros “Ninguém Morre de Véspera” (Ed Phorte)

 

FONTE: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/05/podemos-morrer-estando-saudaveis-aparentemente-especialista-explica.html